quarta-feira, 23 de março de 2011

Resenha: O ensino da evolução biológica: um desafio para o século XXI


De Rosana Tidon e Eli Vieira

A evolução biológica é um assunto que atinge várias áreas da ciência, dando a chance ao indivíduo que a utilizar, ter um senso crítico acerca da diversidade da vida e de desafios impostos pela sociedade, emancipando-se adaptável. O ensino de qualidade da evolução biológica é indispensável para tornar o legado de Darwin útil para as reflexões humanas sobre a nossa origem.

Devido a acontecimentos no ensino da evolução biológica em países de diversas partes do mundo, em que contrapontos a evolução, provindos dos créditos do criacionismo, estão levantando questões sobre formas como se ensina a evolução atualmente em nosso país, já que alguns ocorridos que ameaçam a estrutura do ensino da ciência nas escolas brasileiras são ignorantemente cometidos. Uma das maiores correntes do criacionismo contemporâneo o “planejamento inteligente” foi sugerido como opção ao ensino da evolução, até sendo considerado como científico. Nas escolas brasileiras o ensino da evolução biológica enfrenta barreiras como falta de material didático, bem como o preparo das concepções sobre o assunto dos educadores. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), segundo os autores, tem vários problemas no ensino da ciência que chegam das séries básicas, a qual se intensifica humildemente no ensino médio, no pesar de ser passado aos estudantes aos frangalhos, tentando concretizar uma ciência holística e integrativa numa visão direcional e progressista, senão quando erradamente lamarckistas (não condenando à contribuição muito importante de Lamarck a evolução, má compreendida pelos interpretadores de sua obra).

Os autores discutem propostas visando melhorar o ensino da evolução biológica, trazendo as notadas reflexões de governos e instituições nacionais e internacionais, descrevendo soluções como a formação contínua e atualizada dos professores, revisão e reforço dos currículos de ciências e biologia, e a última, o contínuo aperfeiçoamento do Programa Nacional do Livro Didático. Discorrendo sobre o tempo abordado em aula do assunto e o cronograma das disciplinas ligadas a evolução biológica, chegando a máxima na definição da estratégia que o MEC aponta sobre o ensino da evolução: “Contrapor e avaliar diferentes explicações favorece o desenvolvimento de postura reflexiva, crítica, questionadora e investigativa, de não-aceitação a priori de ideias e informações. Possibilita a percepção dos limites de cada modelo explicativo, inclusive dos modelos científicos, colaborando para a construção da autonomia de pensamento e ação”.

No demais do capítulo, os autores sugestionam como deveria se estruturar o ensino desde as séries básicas até as médias, demonstrando as deficiências no ensino nas áreas de genética, evolução geológica e evolução biológica, as quais devem ser melhoradas em qualidade e quantidade, bem como cuidados sobre abordagens sobre o tempo geológico e os impactos causados pelos humanos relacionados ao tempo evolutivo da Terra.

A leitura do artigo é proposital para educadores por ser de uma ciência há muito consolidada e que serve de base a todos os setores da sociedade. O deficiente saber sobre evolução nos remete a desmembrar-se de um instrumento científico que ajuda a esclarecer dúvidas do espírito investigativo humano, e de sua própria capacidade de resolução de problemas sistemáticos. No âmbito de ser relacionada ao ensino da ciência evolução, demonstra o atraso do ensino brasileiro de ciências, o que qualifica e impera como fator de desenvolvimento dos países. Leitura ótima a educadores e a políticos que atuam no ramo da educação.


Rosana Tidon é professora associada pertencente ao Laboratório de Biologia Evolutiva na Universidade de Brasília (UnB). Eli Vieira é biólogo ligado ao Instituto de Ciências Biológicas da UnB.



Por Rômulo Cenci.

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