sábado, 25 de setembro de 2010

Sementes da Justiça


No final de semana do feriadão da não independência do Rio Grande do Sul estive em Santa Cruz do Sul, onde ocorria o I Encontro de Agrobiodiversidade e Sementes Crioulas, o principal debate era de agrobiodiversidade referindo-se a diversidade de Sementes Crioulas, para os que pouco ouvem falar dessas sementes e de sua julgada importância são as variedades que alimentaram as populações anteriores a era moderna da agricultura, e que hoje é um dos principais temas que discutem as relações de agricultores e sua autonomia econômica a partir do advento das sementes híbridas e trangênicas. Segundo o IBGE, 70% do alimento que chega em nossas mesas é produzido por agricultores familiares de médias e pequenas propriedades, em que em muitos casos usam essas sementes que são guardadas safra pós safra sem depender de comprar sementes, ou casos de bancos comunitários organizados e controlados pelos próprios agricultores. Essas sementes são mais adaptadas as características edafoclimáticas de cada região, não precisando de insumos externos como os adubos químicos e agrotóxicos como as sementes transgênicas e híbridas que grandes transnacionais como a Monsanto e a Bayer controlam.


Os casos dos agricultores que estavam presentes no encontro, os quais relatavam com uma extrema percepção da dinâmica da natureza a sua experiência com as sementes crioulas, perfazendo agricultores que se diferenciam pela extrema saúde mental e social no meio onde se inserem, mesmo tendo de enfrentarem várias pressões sociais de vários setores da sociedade. A grande capacidade de adaptação de pessoas que vivem diretamente da natureza é de deixar qualquer humano urbanóide parasita do mundo de queixo caído. Num meio onde o homem faz parte da natureza questiona profundamente os modelos de desenvolvimento adotados por nossa sociedade, questionando desde causas de doenças que afligem a saúde e a qualidade de vida. Trouxe este relato para discutir a percepção dos leitores com a sua alimentação, sua relação cultural com o rango de cada dia e se sabemos realmente a segurança do que ingerimos no dia-a-dia, desde a produção, origem e processo. Um dos pontos fundamentais dos problemas ambientais que levam a degradação da biodiversidade é extremamente relacionado com a agricultura, assim no momento que for no mercado e estiver comprando o leite de soja, pensa no que te lembra isso, e tenha uma reflexão até onde vai a simbologia e saúde social do seu alimento.



Rômulo Cenci

sábado, 18 de setembro de 2010

Homens

--E enquanto os povos dormem os cães ladrando guardam o homem contra o próprio homem--

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Estado absolutista


A forma como transcendeu a formação dos Estados europeus é algo interessante de se acompanhar devido ao fato de ser a Raiz das constituições republicanas, legislativas e judiciárias que regem até hoje em nossas nações, inicialmente na Europa e conseguintemente nas colônias americanas. Também é neste período de transição do período medievo para o moderno que surge o capitalismo mercantil que depois daria origem ao capitalismo propriamente dito, este período é conhecido como renascentista.
As extensas crises das economias e sociedades européias nos séculos XIV e XV demarcaram as dificuldades e os limites do modo de produção feudal. Com o sistema Feudal em crise, o descontentamento do campesinato, a ascensão do sistema mercantilista fortalecendo a burguesia deu o ponta pé inicial para que as monarquias viessem a consolidarem – se como absolutas.
A nobreza ainda que enfraquecida não teria perdido seu espaço político, mesmo no período absolutista, Perry Anderson cita em sua obra: o absolutismo era o aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional, isso esclarece que mesmo que a nobreza perdesse poder com uma monarquia centralizada e a burguesia ganhasse espaço, ainda assim a nobreza continuaria a existir, ou seja, antes tomar medidas que os enfraquecessem do que deixar de existir. Embora a nobreza tivesse perdido aquele “glamour” que possuía na idade média, ainda assim conseguia através do absolutismo manter sua força política.
As monarquias absolutistas por sua vez introduziram algumas modificações que iriam dar origem aos Estados, alterações como: a formação de um exército regular para não precisar depender de relações suseranas e vassalas em períodos de conflitos internos e externos; a implantação de uma burocracia permanente; criação de um sistema tributário nacional, que tinha por ventura a função de cobrar taxas dos latifundiários, burgueses e camponeses; a codificação do direito, leis jurídicas que davam sustentabilidade aos estados absolutistas, em grande suma esses códigos foram baseados em regimes legislativos romanos; e por fim os primórdios de um mercado unificado.
O Estado absolutista possuía algumas características capitalistas, porém a autoridade política permanecerá a mesma do sistema feudal. Após a consolidação de poder centralizado é importante se enfatizar também os avanços técnicos desenvolvidos nos séculos XIV e XV, com a utilização da pólvora, canhões, embarcações mais velozes e resistentes, estes avanços tecnológicos auxiliaram no fortalecimento da figura do Rei, pois agora as muralhas e castelos dos senhorios não seriam mais um empecilho de tamanha grandeza como fora anteriormente.
A formação dos Estados na Europa acontece de maneiras desiguais, os motivos variam desde condições geográficas, sócio-culturais até econômicas e políticas; dependendo a localização alguns fatores influenciaram mais do que outros. É o caso da reforma religiosa que ocorreu com Lutero em 1517, esta teve maior espaço para se consolidar na Alemanha, Inglaterra e França, porém na Espanha não obteve sucesso.


Azeredo, Robson Luiz De – 17/09/2010

Referências bibliográficas:
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. Porto, Afrontamentos, 1984.
ASTHON, T. S. A Revolução Industrial. 5ª edição, Portugal, Euro-América, 1987.
CONTE, Giuliano. Da Crise do Feudalismo ao Nascimento do Capitalismo. Lisboa, Editorial Presença, 1984.


Para aqueles que se interessar pelo assunto eu indicaria o livro: Linhagens do Estado absolutista, de Perry Anderson.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pensamento do Dia


Depois de um dia de três turnos de estudos, vendo pessoas dedicadas e pessoas errantes em lugares diferentes, foi exatamente na noite que veio aquela frase que resumia o dia:

"Todo intelectual é cientista, mas nem todo cientista é intelectual". Baita colocação do professor.

Rômulo Cenci

Esclarecimento ao povo


Observando os últimos estouros da boiada na política brasileira, quando em relação aos gastos das câmaras de vereadores no Rio Grande do Sul, aonde através de reportagens feitas pela imprensa foram desvendadas verdadeiras quadrilhas existentes dentro da política brasileira. Estas quadrilhas que falsificavam certificados de cursos e documentações vinham a explicar os gastos esplendorosos dos vereadores de algumas câmaras legislativas do estado, mas graças ao trabalho da imprensa brasileira tais fraudadores foram presos e deixaram de executar tais tarefas as quais os políticos estavam à mercê e sendo os principais alvos.

“Desta forma os políticos foram salvos”, agora não serão mais alvos desta quadrilha, poderão realmente efetuar suas viagens a trabalho, freqüentar os cursos de aperfeiçoamento e até quem sabe correr atrás de algum interesse do povo. Claro que o problema não esta somente nas personalidades que faziam tais falsificações, mas principalmente nos mandantes que se utilizavam destas ferramentas para burlar o dinheiro público, ou seja, o nosso dinheiro, o qual nos esforçamos diariamente para conseguir através do trabalho e da perseverança.


A real questão é: Por que tantas câmaras legislativas não tornam público o valor de seus gastos? Desta forma deixo esta questão em aberto para que as pessoas que visitam este blog respondam de acordo com seu ponto de vista.


Robson Azeredo

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A que nação pertencemos?

Na semana farroupilha, nada melhor do que um ensaio sobre nossa origem biológica, desde os primeiros Homo sapiens da África que estão habitando vários países que nem eles sabem o porquê de sua existência, da ganância dos imperialistas que imporiam limites territoriais inexistentes durante a colonização que atualmente refletem em guerras e problemas sociais que envergonham o atual imperialismo econômico. Vindo pela Ásia, chegam outros povos que por limites geográficos tiveram suas culturas separadas em dois povos distintos ecomorfologicamente, por força de placas tectônicas formaram o Tibet que bem caracteriza essa separação dos povos do Vietnã, China, Coréias e em contraponto as diferenças ecomorfológicas dos residentes das antigas civilizações mesopotâmicas.

Em um período glacial recente em tempos de escala geológica, o estreito de Bering era unido por uma placa de gelo que serviu de ponte para os Inhui que habitam atualmente a América do Norte gelada. Deles provavelmente vieram os humanos de todo o continente, apelidado de América, os quais foram desbravando os diferentes ambientes entrando em constantes mudanças genéticas selecionadas pelas diferentes formações do ambiente. Culturas diferentes são encontradas até hoje e delimitar povos fica difícil diante de tanta diversidade cultural que persistem, por exemplo, no norte Amazônico. Alguns padrões, nomeados pelos brancos, como os Kaigangues foram notados, os quais se estendem de São Paulo até o norte do Rio Grande do Sul. Nada mais do que notou claramente Darwin na sua teoria, o ambiente seleciona e promove mudanças nos povos, diante dos Biomas conhecidos no Brasil, o Bioma Pampa que se estende da metade Sul do nosso estado, adentra o Leste Argentino e todo território Uruguaio é separado novamente por uma antiga potência imperial nas três nações citadas acima. Será que é só a história Farroupilha ultra-recente que questiona nosso estado.


Desgarrados, até quanto tempo seremos legados aos brasileiros?

Rômulo Cenci

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Informe

Como estou repassando informações sobre o Plebiscito pelo Limite de Propriedade da Terra, estou me corrigindo sobre o fim do Plebiscito no último dia 12 de setembro, o que acabou na realidade foi a votação de contra ou a favor do Limite da Propriedade da Terra, o abaixo-assinado ainda continua até o fim de ano, portanto, imprima no site exemplares do abaixo-assinado no site e busque assinaturas.

http://www.limitedaterra.org.br/

Rômulo Cenci

Estilo brasileiro de ser....




Falo em brasileiros, mas quero me referir à cultura sul-americana em um geral.

- Saqueiam cargas acidentadas;
- Furam filas;
- Praticam atos ilegais quando ninguém está vendo;
- Viajam a trabalho e pedem notas de valores a mais do que realmente gastaram;
- Burlam o máximo que podem o governo;
- Falsificam tudo o que existe;
- Logram no troco do supermercado;
- Colam em provas;
- Dão desculpas esfarrapadas;
- Ao fazer algo errado, subornam policiais;
- Ignoram a violência com mulheres e crianças;
- Usam da malandragem para tirar vantagem com o próximo;
- A caixa do mercado passa sem querer um kilo de carne, e as pessoas, comemoram como se ganhassem na loto;
- Estacionam em locais para deficientes, sem o ser;
- Não dão lugar para idosos em transportes públicos;
- Ignoram pedrestres na faixa de segurança;
- Sujam as praias como se fosse obrigação da prefeitura mantê-las limpas;

E depois, ainda, reclamam dos políticos. Alô, alô macacada=====> Hipócritas. A Corrupção só é ruim para quem não participa da fatia.

Critiquem-me ao máximo... Boa semana a todos. :)

Valter Manfro Junior

domingo, 12 de setembro de 2010

Último dia pelo Limite da Propriedade da Terra


Pessoal, hoje é o último dia do Plebiscito Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, se tu acreditas que a agricultura familiar camponesa promove o desenvolvimento regional, e que a Reforma Agrária imediata é solução para diminuir a desigualdade social e alavancar a economia brasileira de uma forma justa assina no site, ou procura na sua cidade local para rubricar no Plebiscito, ou ainda, promova uma banca de assinaturas.


Mais informações no site: http://www.limitedaterra.org.br/

Rômulo Cenci

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

E se eu fosse presidente?


Hoje acordei e liguei a TV. Estava passando uma propaganda eleitoral para presidente. Fui ao banho pensando o que EU faria se fosse presidente do Brasil. Como eu enfrentaria os principais problemas do país? Como realmente eu enfrentaria? Sem promessas vazias, apenas com ações. Como melhorar a educação, segurança? Como fazer o Brasil mudar de verdade? Como? E neste momento de transação de pensamentos, me passou pela cabeça: COMO TERMINAR COM AS FAVELAS E O COMANDO DOS TRAFICANTES NO BRASIL? E cheguei a uma conclusão interessante: Legalizando as drogas. Não só a maconha, mas a maconha, o craque e a cocaína. Isso mesmo, LEGALIZAR. Legalizando as drogas, não tem o por que as pessoas subirem o morro para comprar dos traficantes. Comprariam de lojinhas espalhadas pelos Shoppings centers, avenidas movimentas, e até tele-entrega teria. Sites especializados em vendas de drogas gerariam empregos e impostos para o governo. Sem falar nas fábricas que seriam implantadas no nordeste do país, gerando renda e empregos para milhares de pessoas. E mais. As fronteiras com o Brasil não seriam mais tão perigosas. Não teriamos mais os LOBOS do tráfico. E o dinheiro arrecadado com impostos das vendas das drogas, seriam destinados para hospitais, escolas, segurança pública, iluminação, etc. Teriamos um país muito melhor e feliz. As drogas existem, as pessoam consomem. Legalizando, o proibido não seria mais tão gostoso.

Bom final de semana.

Valter Manfro Junior